quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ICAPUÍ: da praia do Ceará ao centro

O município de Icapuí que em tupi significa Coisa Ligeira, é formada por 14 comunidades praianas, destas, pelo menos a metade ficam situadas entre Tibau-RN e o centro de Icapuí. Há algum tempo venho observando que estas comunidades que ficam ao leste do município não têm a mesma atenção que é dada as comunidades que ficam ao oeste do município. Essa prática já se tornou quase que cultural. Até então, mesmo observando essa falta de equidade, nunca tinha parado para pensar sobre isso. Ampliando a reflexão, começo matutar com os meus botões sobre as belezas não percebidas e desconhecidas além das esquecidas que existem nestas comunidades.
Digo isto, uma vez que em tudo que é propagado sobre belezas naturais e culturais do município de Icapuí quase sempre não se vê contemplada as existentes em comunidades como: Olho d’água, Quitérias, Ibicuitaba, Morro Pintado, Tremembé, Melancias, Peixe Gordo, Maninbu e Barrinha de Manibu, Córrego do Sal, Guajiru e o Gravier nem se fala.
Nos encontros em que tenho tido a oportunidade de participar muito raramente tenho encontrado pessoas dessas comunidades supra-citadas, sem contar que quase que a totalidade dos projetos desenvolvidos são nas comunidades que ficam ao oeste do município, não que estas não mereçam, mas se faz necessário que se faça uma melhor distribuição dessas ações a fim de contemplar também essas comunidades que também fazem parte do município.
Os planejamentos dos governos locais precisam distribuir os investimentos de forma paritária para que essas comunidades possam ser atendidas, seja no setor turístico, ambiental, cultural ou de esporte e lazer.
Veja por exemplo no artigo escrito e postado no blogpeixegordonews.blogspot.com em 28 de agosto de 2010, fala de algumas praias dessas comunidades “esquecidas”, mais as fotos que fazem partes do texto nenhuma contemplam as belezas destas. Acho que não foi propositadamente, até porque o texto é do Rudrigo Maia morador de uma dessas comunidades esquecidas, mas pela própria cultura que se semeou no decorrer de décadas acaba por cometer este erro.
Essas comunidades foram sempre mais desprovidas de investimentos em infra-estrutura que lhe permitissem entrar para o seleto grupo das demais comunidades do município que mesmo com a situação de caos que se instalou em nosso município nos últimos 6 (seis) anos comunidades como: Redonda, Barreiras, Ponta Grossa, Peroba e Picos conseguem se sobressair com ajuda de ONGs e outras entidades não governamentais na mídia estadual e raramente na nacional.
É preciso englobar todas essas comunidades como partes integrantes do município, pois todas têm suas particularidades os seus saberes populares, sua culinária, sua cultura, suas celebrações e suas belezas naturais.


CELESTINO CAVALCANTE

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