sábado, 9 de abril de 2011

Mataram Jubileu Obama!

Durante esta manhã de sábado,dia 09 de abril de 2011, chegou a notícia em Melancias de Baixo que o simpático urubu, conhecido pelas crianças e populares por Jubileu Obama, foi agredido com uma paulada fatal de sinuca na cabeça em um bar na comunidade Quitérias. O Episódio desta absurdo aconteceu no momento em que Jubileu se aproximava de um bar atrás de comida ou simplesmente para tomar uma dose de bebida, ja que algumas pessoas estavam acostumando o Jubileu numa prática imprópria, segundo boatos, davam bebida alcoólica. De verdade verdadeira o vereador Marcos Nunes registra sua indignação quanto ao episódio e lamenta que um Ser Humano tenha tanto ódio no coração ao ponto de matar uma animal que não fazia mal a ninguém.

Dedico a memória do urubu Jubileu Obama o poema de Antônio Francisco:

OS ANIMAIS TEM RAZÃO

Quem já passou no sertão

E viu o solo rachado,

A caatinga cor de cinza,

Duvido não ter parado

Pra ficar olhando o verde

Do juazeiro copado.


E sair dali pensando:

Como pode a natureza

Num clima tão quente e seco,

Numa terra indefesa

Com tanta adversidade

Criar tamanha beleza.


O juazeiro, seu moço,

É pra nós a resistência,

A força, a garra e a saga,

O grito de independência

Do sertanejo que luta

Na frente da emergência.


Nos seus galhos se agasalham

Do periquito ao cancão.

É hotel de retirante

Que anda de pé no chão

O general da caatinga

E o vigia do sertão.


E foi debaixo de um deles

Que eu vi um porco falando,

Um cachorro e uma cobra

E um burro reclamando,

Um rato e um morcego

E uma vaca escutando.


Isso já faz tanto tempo

Que eu nem me lembro mais

Se foi pra lá de Fortim,

Se foi pra cá de Cristais,

Eu só me lembro direito

Do que disse os animais.


Eu vinha de Canindé

Com sono e muito cansado,

Quando vi perto da estrada

Um juazeiro copado.

Subi, armei minha rede

E fiquei ali deitado.


Como a noite estava linda

Procurei ver o cruzeiro,

Mas, cansado como estava,

Peguei no sono ligeiro.

Só acordei com uns gritos

Debaixo do juazeiro.


Quando eu olhei para baixo

Eu vi um porco falando,

Um cachorro e uma cobra

E um burro reclamando,

Um rato e um morcego

E uma vaca escutando.


O porco dizia assim:

“Pelas barbas do capeta

Se nós ficarmos parado

A coisa vai ficar preta

Do jeito que o homem vai,

Vai acabar o planeta.


Já sujaram os sete mares

Do Atlântico ao mar Egeu,

As florestas estão capengas,

Os rios da cor de breu

E ainda por cima dizem

Que o seboso sou eu.


Os bichos bateram palmas,

O porco deu com a mão,

O rato se levantou

E disse: “prestem atenção”,

Eu também já não suporto

Ser chamado de ladrão.


O homem, sim, mente e rouba,

Vende a honra, compra o nome.

Nós só pegamos a sobra

Daquilo que ele come

E somente o necessário

Pra saciar nossa fome.



Palmas, gritos e assovios

Ecoaram na floresta,

A vaca se levantou

E disse franzindo a testa:

Eu convívio com o homem,

Mas sei que ele não presta.

É um mal-agradecido,

Orgulhoso, inconsciente.

É doido e se faz de cego,

E não sente o que a gente sente,

E quando nasce e tomando

A pulso o leite da gente.


Entre aplausos e gritos,

A cobra se levantou,

Ficou na ponta do rabo

E disse: também eu sou

Perseguida pelo homem

Pra todo canto que vou.


Pra vocês o homem é ruim,

Mas pra nós ele é cruel.

Mata a cobra, tira o couro,

Come a carne, estoura o fel,

Descarrega todo o ódio

Em cima da cascavel.


É certo, eu tenho veneno,

Mas nunca fiz um canhão.

E entre mim e o homem,

Há uma contradição

O meu veneno é na preza,

O dele no coração.


Entre os venenos do homem

O meu se perde na sobra...

Numa guerra o homem mata

Centenas numa manobra,

Inda cego que diz:

Eu tenho medo de cobra.


A cobra inda quis falar,

Mas, de repente, um esturro.

É que o rato, pulando,

Pisou no rabo do burro

E o burro partiu pra cima

Do rato pra dar-lhe um murro.


Mas, o morcego notando

Que ia acabar a paz,

Pulou na frente do burro

E disse: calma rapaz!...

Baixe a guarda, abra o casco,

Não faça o que o homem faz.


O burro pediu desculpas

E disse: muito obrigado,

Me perdoe se fui grosseiro,

É que eu ando estressado

De tanto apanhar do homem

Sem nunca ter revidado.


O rato disse: seu burro,

Você sofre porque quer.

Tem força por quatro homens,

Da carroça é o chofer...

Sabe dar coice e morder,

Só apanha se quiser.


O burro disse: eu sei

Que sou melhor do que ele,

Mas se eu morder o homem

Ou se eu der um coice nele

É mesmo que está trocando

O meu juízo no dele


Os bichos todos gritaram:

Burro, burro... muito bem!

O burro disse: obrigado,

Mas aqui ainda tem

O cachorro e o morcego

Que querem falar também.


O cachorro disse: amigos,

Todos vocês têm razão...

O homem é um quase nada

Rodando na contramão,

Um quebra-cabeça humano

Sem prumo e sem direção.


Eu nunca vou entender

Por que o homem é assim:

Se odeiam, fazem guerra

E tudo quanto é ruim

E a vacina da raiva

Em vez deles, dão em mim.


Os bichos bateram palmas

E gritaram: vá em frente.

Mas o cachorro parou,

Disse: obrigado, gente,

Mas falta ainda o morcego

Dizer o que ele sente.


O morcego abriu as asas,

Deu uma grande risada

Eu disse: eu sou o único

Que não posso dizer nada

Porque o homem pra nós

Tem sido até camarada.

Constrói castelos enormes

Com torre, sino e altar,

Põe cerâmica e azulejos

E dão pra gente morar

E deixam milhares deles

Nas ruas, sem ter um lar.


O morcego bateu asas,

Se perdeu na escuridão,

O rato perdeu a vez,

Mas não ouvi nada, não,

Peguei no sono e perdi

O fim da reunião.


Quando o dia amanheceu,

Eu desci do meu poleiro.

Procurei os animais,

Não vi mais nem o roteiro.

Vi somente umas pegadas

Debaixo do juazeiro.


Eu disse olhando as pegadas:

Se essa reunião

Tivesse sido por nós,

Estava coberto o chão

De piubas de cigarros,

Guardanapos e papelão.



Botei a maca nas costas

E sai cortando vente.

Tirei a viagem toda

Sem tirar do pensamento

Os sete bichos zombando

Do nosso comportamento.


Hoje, quando vejo na rua

Um rato morto no chão,

Um burro mulo piado,

Um homem com um facão

Agredindo a natureza,

Eu tenho plena certeza:

OS ANIMAIS TEM RAZÃO

5 comentários:

Emilio Konrath disse...

Antonio Francisco tem razão, o homem realmente não usa o grande dom que tem, que é o dom do raciocínio.
É uma estupidez matar um animal que não nos apresenta nenhum perigo.
A pessoa que cometeu este ato devia ser denunciada e sofrer as consequências deste ato idiota.

INSTITUTO ARACUPIRA disse...

O JUBILEU OBAMA ESTAVA EM MISSÃO ESPECIAL NA CIDADE DE ICAPUÍ! ERA UM TIPO 007, QUE VEIO PARA INVESTIGAR A CORRUPÇÃO NAS CIDADES DO LITORAL LESTE E A PRIMEIRA MISSÃO ERA A CIDADE DE ICAPUÍ, NOS SEUS RELATÓRIOS ENVIADOS AO COMANDO DA COMPANHIA DE INVESTIGAÇÃO URUBUIANA -CIU, ELE JÁ TINHA VÁRIOS MOTIVOS PARA CASSAÇÃO DO MANDADO DO PREFEITO LOCAL. É POR ISSO OS INIMIGOS DO POVO QUE ESTÃO NO PODER HÁ 7 ANOS MANDARAM MATAR O JUBILEU OBAMA, O MAIS TEMIDO JUSTICEIROS DE CORRUPTOS DO LITORAL LESTE!! AGORA FICA A PERGUNTAR NO AR! QUEM MANDOU MANDAR O JUBILEU OBAMA?

Marquinhos disse...

Meu Amigo Marcos Nunes e lamentável esta monstruosidade que fizeram com Obama Jubilei. Agora que ira nos informa das coisas errada do nosso muninipio?.

Marquinhos disse...

È agora quem nós ira informa das coisas ERRADA do nosso municipio.
Foi uma grande cruldade,monstruosidade. Mata Obama Jubileu e destruir provas concretas de que o nosso municipio retrocedeu.

Nilson Barros disse...

Prezado Marcos Nunes, faço coro à sua voz, adotando como minha, também, a sua indignação contra essa selvageria. Ainda dizemos que "carniceiro" é o urubu.
Nós somos o que, mesmo? Ah, Pensantes, inteligentes, civilizados. Temo estarmos bem longe disso.

Lamentável!

viva a Antônio Francisco e Lulu Santos.

"O homem antigamente falava
Com a cobra, o jabuti e o leão
Olha o macaco na selva
Não á macaco, baby
É o meu irmão
Porám durou pouquíssimo tempo
Essa incrível curtição
Pois o homem rei do planeta
Logo fez uma careta
E começou a sua civilização..."

Nilson Barros