quarta-feira, 15 de maio de 2013

Marcos Nunes Comenta Matéria do DN Sobre Produção de Petróleo na Fazenda Belém

Audiência Pública em Aracati
Em 1.º de Julho de 2011 as Câmaras de Vereadores de Aracati e Icapuí, atendendo requerimento dos vereadores Marcos Nunes PCdoB de Icapuí e Professor Mendes de Aracati, realizaram nas dependências da Câmara de Vereadores de Aracati uma audiência pública conjunta entre as duas câmaras municipais para discutir a necessidade da abertura de novos poços de petróleo. Na ocasião estiveram presentes os Deputados Lula Morais do PCdoB e José Airton do PT, estadual e federal, respectivamente.

Uma das principais dificuldades para a exploração do petróleo era a imensa quantidade de água produzida junto ao petróleo, exatamente por ainda não ter uma técnica para o destino adequado para toda água produzida.

O vereador Marcos Nunes diz que a notícia trazida pelo Diário do Nordeste neste dia 14/05 reanima os trabalhadores do campo e a juventude que se qualifica visando trabalho e renda no setor. Na época foi informado que apenas 5% da bacia da Fazenda Belém  havia sido explorada e que esta quantidade explorada poderia ser ainda inferior, ficando portanto uma grande quantidade de petróleo ainda a ser explorada no subsolo do território das duas cidades que faz parte da Bacia Potiguar. A solução era investir em tecnologia para definir o que fazer com a produção de água. A audiência encaminhou sugestões, mas as perspectivas eram ainda duvidosas. Nunes pondera: "- Hoje vendo essas perspectivas os ânimos são revigorados, mas é preciso investir em qualificação profissional e os município precisam está atentos para apoiar o aumento desta produção importante para todos nós".


Leia a matéria:


DN –NEGÓCIOS
PLANO DE PERFURAÇÃO

Ceará deve ter mais poços em terra até 2014 

O campo exploratório da Fazenda Belém, descoberto em 1980, é um dos alvos da estatal para os investimentos Ainda considerada pequena e desenvolvendo uma trajetória descendente nos últimos anos, a produção de petróleo no Ceará pode dar um salto significativo em um futuro próximo, a partir da exploração de poços em águas profundas e de mais investimentos em campos exploratórios antigos, como a Fazenda Belém. De acordo com a assessoria de imprensa da Petrobras, a estatal já está analisando um "projeto para perfuração de novos poços terrestres no campo da Fazenda Belém a partir de 2014". 

A estatal também tem aplicado em técnicas para elevar a produtividade dos poços já existentes, o que já resultou em uma média diária de produção, até março de 2013, ma
ior que a registrada em igual período de 2012 FOTO: DIVULGAÇÃO.

A intenção de ampliar a exploração na área vem sendo demonstrada pela estatal, com a perspectiva de perfurar cerca de mil novos poços no local até 2015, o que quase triplicaria a produção de petróleo em terra da empresa no campo exploratório da Fazenda Belém, descoberto em 1980.

A área está localizada na parte Norte da Bacia Potiguar emersa, na plataforma de Aracati. A região tem como principal reservatório produtor a formação Açu, com o óleo sendo considerado "pesado", de alta viscosidade. 

Outro em águas profundas 

Outro ponto que deve contribuir para elevar a produção de petróleo no Estado são os recentes investimentos da Petrobras na exploração de poços em águas profundas em território cearense. De acordo com a assessoria da estatal, atualmente, há mais um poço em águas profundas em perfuração no Estado: o Prospecto de Ararauna (1-BRSA-1158-CES), na Bacia Potiguar. Este é o terceiro poço perfurando pela estatal em águas profundas no Ceará. 

Em fevereiro deste ano, a Petrobras concluiu, após cinco meses de trabalho, a perfuração do segundo poço em águas ultraprofundas no Ceará, denominado Canoa Quebrada (1-BRSA-1114-CES), e constatou "indícios de hidrocarbonetos" (petróleo e gás). Segundo a estatal, a descoberta já foi informada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O volume do petróleo descoberto, contudo, ainda não foi divulgado pela empresa. 

Já sobre o primeiro poço em águas profundas perfurado no Ceará, o Pecém (1-BRSA-1080), onde já havia sido confirmada a existência de petróleo, a Petrobras diz que o estágio é de conhecimento de área, "não sendo possível mensurar o volume de hidrocarbonetos encontrado" e garante que o poço ainda não se encontra em produção. 

A estatal lembra que a descoberta do Pecém motivou o Plano de Avaliação de Descoberta (PAD), que está pendente de aprovação na ANP. Segundo a assessoria da Petrobras, somente depois que o plano for aprovado e for executado seu plano de trabalho, será possível avaliar os impactos que terá na produção de petróleo do Ceará. 

O Poço Pecém foi listado no balanço do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) como uma das maiores ocorridas no País entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012. 

Licença 

Em fevereiro deste ano, a Petrobras obteve do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) a Licença de Operação para a exploração dos blocos BM-POT-16 e BM-POT-17, a cerca de 41,5 km da costa do município de Icapuí, no Ceará. Os blocos estão localizados na Bacia Potiguar, que inclui os territórios do Ceará e do Rio Grande do Norte. 

Ao todo, devem ser explorados cinco novos poços em território cearense nesses dois blocos, sendo o primeiro deles o Ararauna. Os demais poços previstos são denominados como Jandaia, Louro, Tango e Xaxado. 

Estratégia 

 Para reverter o declínio da produção de petróleo no Ceará, que chegou a 57,4% entre 2001 e 2012, além dos novos investimentos, a Petrobras tem aplicado em técnicas para elevar a produção dos poços já existentes. 

Na área marítima, a estatal tem adotado o sistema de bombeio centrífugo submerso para levar o petróleo à superfície e o método de injeção de água, que auxilia no aumento do volume do óleo extraído do reservatório. Já na área terrestre, ela utiliza unidades de bombeio (cavalo de pau) e o método de injeção de vapor aquecido nos poços de petróleo. "Como resultado, a média diária de produção realizada até março de 2013 está maior que a média diária realizada em 2012", observa a estatal. 

Plano de Negócios e Gestão 

Conforme a Petrobras, no atual Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, a companhia pretende investir US$147,5 bilhões na exploração e produção de Petróleo. Sendo US$24,3 bilhões na exploração e US$106,9 bilhões na produção. 

A Petrobras destaca ainda que, somente em 2012, foram investidos 21,9 bilhões em produção e exploração de petróleo.

Já em relação à bacia Potiguar, a companhia informou que os investimentos se manterão estáveis nos próximos anos e em níveis similares aos realizados nos últimos anos. 

ÂNGELA CAVALCANTE/DHÁFINE MAZZA
REPÓRTERES 

Novos blocos: exploração no Estado vai demorar até 7 anos 

Rio de Janeiro. A etapa de exploração dos 11 blocos da Bacia do Ceará (todos em águas profundas) que serão oferecidos hoje em leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) durará até sete anos - divididos em duas fases -, os quais irão anteceder a etapa de produção. Assim, dados detalhados sobre qualidade e quantidade de petróleo nos blocos licitados hoje só deverão ser conhecidos entre 2018 e 2020. 

Diretor de Exploração da ANP, Florival Carvalho, diz que o Poço Pecém, onde foi descoberto petróleo em águas profundas no Ceará, terá resultados mais concretos sobre o seu potencial entre seis e 15 meses FOTO: THIAGO GASPAR / DIVULGAÇÃO 

Conforme o diretor da área de Exploração da ANP, Florival Carvalho, a primeira fase da exploração - que, no caso do Ceará, durará até cinco anos - será caracterizada por uma série de análises, como os estudos sísmicos na área da bacia, para que se possa ter uma ideia melhor da possibilidade de existência e qualidade do petróleo no local. 

Após esse período, a empresa responsável pela exploração no local terá que decidir se irá devolver a concessão para intervir na bacia ou se continuará na análise. Caso pretenda prosseguir, entrará na segunda fase do processo, que irá durar dois anos e durante a qual terá de ser construído um poço - usado ainda para a exploração, e não produção. 

Pecém 

A respeito do poço denominado Pecém, através do qual foi descoberta a existência de petróleo em águas profundas do Ceará, o diretor afirmou que, como as constatações se deram em agosto último, os resultados mais concretos sobre o potencial da área provavelmente serão apresentados pela Petrobras em um prazo aproximado de nove a 15 meses, já que essa etapa costuma demorar entre um ano e meio e dois anos. Ele acrescenta que, após essa etapa, a estatal ainda levará em torno de "dois ou três anos" para iniciar o processo de instalação de uma plataforma para a produção. Isso caso esse investimento seja considerado viável. Desse modo, a produção de petróleo na região, caso ocorra, deve demorar ainda cerca de cinco anos. Conforme Carvalho, a mão de obra necessária para a etapa de exploração dos novos blocos será formada por profissionais altamente qualificados e em pouca quantidade. Embora o número de trabalhadores necessários à perfuração de um poço de exploração varie conforme as condições do lugar, informa, é demandada uma equipe de 15 a 20 pessoas por turno para desempenhar esse trabalho. O impacto mais significativo que deve ocorrer, quanto à geração de postos de trabalho nesse período, afirma, é sobre os empregos indiretos, ligados principalmente ao transporte e à alimentação dos funcionários contratados para executar o serviço. 

Impacto na Premium II 

Sobre a expectativa de que a refinaria Premium II, em São Gonçalo do Amarante, seja instalada no Estado nos próximos anos, a diretora geral da ANP, Magda Chambriard, disse acreditar que o fato não deverá pesar na escolha dos investidores, uma vez que a etapa de exploração - que antecede a de produção - deverá se estender até depois do início da operação do empreendimento cearense. "Hoje, temos as nossas refinarias no gargalo, mas temos outras previstas. Vamos ter a de Pernambuco até 2015, vamos ter o Comperj no Rio de Janeiro e Premium I (no Maranhão) e II. Não vai dar tempo, porque a exploração demora de cinco a oito anos. Até lá, as refinarias já vão estar ´tinindo´". 

Mesmo com as novas unidades de refino, salienta a diretora, a posição geográfica das bacias ofertadas deverá ser um fator mais importante na escolha dos investidores. "O interesse das empresas é também de refinar, mas é (principalmente) de pôr o maior valor possível no seu óleo. O óleo ali é caro porque está mais perto dos Estados Unidos e da Europa do que a Bacia de Campos", comenta.

Ela informa que o transporte marítimo de petróleo feito das bacias na margem equatorial aos mercados norte-americano e Europeu é em torno de cinco dias mais rápido do que o deslocamento da carga a partir de estados do Sudeste. 

 Licitação 

 A 11ª Rodada de Licitações inicia hoje e, caso não haja tempo de receber as ofertas para todos os 289 blocos oferecidos, continuará amanhã. Esta é a edição com o maior número de empresas habilitadas a participar: 64. 

Cada empresa deverá apresentar propostas contendo três itens: bônus de assinatura (o quanto ela pagará pela concessão), com peso de 40% no cálculo para determinar a melhor proposta, programa exploratório mínimo (um plano de trabalho descrevendo ações), também com peso de 40%, e conteúdo local (percentual de aquisição de bens e serviços nacionais), com peso de 20%. O prazo de concessão oferecido pelo lote é de cinco a oito anos de exploração, somados a 27 anos de produção. Entre os 11 lotes oferecidos na Bacia do Ceará, o menor bônus de assinatura é de R$ 4,5 milhões, enquanto o maior é de R$ 8,3 milhões. 

JOÃO MOURA* 
REPÓRTER 

 *O repórter viajou a convite da ANP

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